O novo jeito de pensar e consumir, sem medo da idade
Nos últimos anos é nítido que houveram algumas mudanças nas passarelas. Agora, ao invés de apenas rostos jovens, recém-saídos da puberdade, os fios brancos ganharam também seu espaço.
Grandes marcas como Dolce & Gabbana e Valentino já deixaram isso explicito. O terreno está tão propício que até Christy Turlington, top que fazia sucesso na década de 90, voltou, em fevereiro de 2019, para as fashion weeks após um hiato de 25 anos. De carona nessa retomada também veio Stephanie Seymour, a eterna musa dos clipes “Don’t cry” e “November rain”, da banda Guns N’Roses. Aos 53, ela retornou ao jogo na capa da Vogue Itália e em um desfile da Versace.
Já Naomi Campbell, de 51, segue inabalável e entre as prediletas da Burberry e de Michael Kors. Helena Christensen, de 52, é musa de marca de lingerie e da linha de óculos da incensada Off-White.
Aqui pelo Brasil, a irlandesa Sheila O’Callaghan, de 51, e paulista Rosa Saito, de 70, são as favoritas de marcas como Farm, Natura, Sauer e Paula Raia.
Anderson Baumgartner, diretor da agência Way Model, que representa Shirley Mallmann e Alessandra Ambrosio, ambas na faixa dos 40, aponta que o mito da juventude eterna caiu. “O mundo passou a exigir veracidade. Hoje, queremos ver a realidade nas redes sociais. A garota-propaganda precisa se identificar com o produto. Digo o mesmo do consumidor”, diz ele.