Moda para Muçulmanas
Ex-refugiada, modelo abandona passarelas para lançar moda para muçulmanas!
Halima Aden nasceu em um campo de refugiados no Quênia, foi nos Estados Unidos que ela experimentou pela primeira vez o gostinho das passarelas. Mas, há aproximadamente um ano, tudo mudou. Halima decidiu abandonar as passarelas, as quais fazia um grande sucesso, para começar sua própria marca, focada na mulher muçulmana.
Agora ela só é vista de hijab, o traje islâmico feminino que deixa o rosto à mostra, e de burkini, a roupa de banho que cobre também a cabeça das muçulmanas. Para ela é muito importante dar espaço para as mulheres muçulmanas na moda.
Aos 24 anos, hoje ela pretende fazer da moda, uma indústria mais inclusiva. Ao anunciar sua saída das passarelas para a área de criação acabou pegando de surpresa o mundo da moda e das influencers, que parabenizaram a sua coragem e sua atitude pioneira no meio.
A modelo sentia que as suas tradições, radicalmente diferentes da maioria das outras modelos, eram ironizadas e até desrespeitadas por algumas marcas. Certa vez, a American Eagle trocou o seu véu por uma calça jeans sobre a sua cabeça. “Não era uma questão de estilo! Chegou a um ponto em que eu não conseguia nem mais reconhecer o meu hijab como eu o usava tradicionalmente”, observa.
A jovem se sente aliviada com a decisão que tomou. Em Istambul, cercada de fãs de moda do Oriente Médio, Halima Aden estava à vontade em um evento organizado pela marca turca Modanisa, para a qual agora vai desenhar coleções exclusivas e “modestas”, como é chamada a moda para muçulmanas.
Para ela “A moda modesta está decolando, é uma corrente que dura há algumas centenas de anos e continuará existindo por mais 100 anos”.